Fidjo di Tchon

Joãozinho da Costa

Crítica a conduta das sociedades em relação ao lixo que elas acumulam e aos comportamentos inconscientes dos cidadãos, a peça é construída a partir da chegada à Bissau de um guineense que mora na europa. Essa personagem está de regresso ao seu país de origem após 18 anos, desejoso por conhecer e redescobrir todos os lugares. Num cenário que simula os lixos espalhados pelas ruas de Bandim, com roupas compondo a acumulação, ele surge a entregar o seu lixo ao africano para deitar fora. É por meio desse ato, uma tentativa de se ilibar da responsabilidade pelo lixo que se vai amontoando, que surgem as histórias da rapariga bonita que caminha pelas ruas em busca de um rapaz com dinheiro e condição de a sustentar; do funcionário do Ministério da Justiça repleto de notas de Francosefa nas mãos e despreocupado com todos que o rodeiam; o homem que faz do seu ganha pão guardar lugar nas filas da Embaixada Portuguesa e conhecido por todos como o cônsul negro e a ida de um jovem a Imigração tratar de documentos através de um cunha que trabalha na instituição. Invoca-se no palco os corpos em movimento que tomam a forma de pinceis e pintam com as suas danças as telas em branco, tendo como fundo musical melodias guineenses e projeções de vídeos e imagens das ruas de Guiné-Bissau.

 

 


Criação: Joãozinho da Costa
Interpretes: Luis Mucauro, Rolaisa Embaló, Joãozinho da Costa
Dramaturgia: Madiu Furtado
Apoio à Dramaturgia: Rui Catalão
Apoio artístico: Giovanni Lourenço
Luzes: João Chicó Produção: Gonçalo Rocha
Co-produção: ARTEPÓLON ASSOCIAÇÃO, Centro Cultural de Belém, O Espaço do Tempo & Rua das Gaivotas 6/ Teatro Praga, Câmara Municipal da Moita – CEA
Apoios: Fundação Calouste Gulbenkian, Rua das Gaivotas 6, Self-Mistake

 

Self-Mistake/Self-Curating tem como Parceiro Institucional: República Portuguesa – Ministério da Cultura (Garantir Cultura - Fundo Fomento Cultural)

 

Alípio Padilha

Alípio Padilha