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Bios

Jessica Guez

Jessica Guez - Criação e interpretação

Nasceu em 1992 em França, é artista e performer transdisciplinária. Em 2017, concluiu o mestrado em artes plásticas, na École Nationale Supérieure d'Arts de Paris-Cergy com menção do júri. Em 2016, concluiu um estágio no PEPCC / Forum Dança, onde, em particular, criou o seu primeiro solo coreográfico, « Contrariedades », que apresentou no Teatro Meridional. Participou em muitos workshops de vários artistas: Ondine Cloez, Susan Klein, Mark Tompkins, Loic Touzé, Sofia Dias & Vítor Roriz, Lia Rodriguês, Elizabete Francisca, João Fiadeiro, David Marquês, Francisco Camacho, Fanny de Chaillé...  Nos seus projetos coreográficos híbridos, Jessica cria solos para a cena, para espaços de arte e para vídeos e tem a tendência a situar-se entre as artes visuais e a dança. Usa a ingenuidade e a fragilidade como ferramentas e técnicas de representação. As suas peças foram apresentadas por exemplo no Palais de Tokyo e no APDV centre d'art em Paris, nos Silos em Caldas da Rainha e no GrawBöckler Garage em Berlim.
Ocasionalmente, está envolvida na curadoria de exposições em espaços domésticos - nesses últimos anos em Lisboa, aconteceu nos vários quartos que foi tendo de deixar. Em Junho 2021, Jessica organizou uma nova edição deste projecto « Pós-Mudança #3 » com os artistas visuais Xavier Ovídio e Lise Bardou, e a designer Sandra Guerreiro.
Recentemente, foi intérprete e colaboradora na performance « Plateau Beaubourg, Été 2021 » de Flora Moscovici e Lina Schlageter, no Centre Pompidou em Paris, que apresentava similaridades com as suas próprias peças, como dançar com pinturas de outros e a apropriacão da arte com o corpo e a imaginação. Em França e em Portugal, trabalhou como intérprete com os coreógrafos Nacera Belaza (Casa da Dança), Benjamin Vandewalle (Kanal), Yuni Hong (Centre National de la Danse), Joan Jonas (Serralves), Miguel Pereira (Teatro Maria Matos), Yair Barelli, Mathilde Monnier, Jochen Dehn, Zoé Philibert e Pauline Brun (Centre Pompidou).
No fim de 2021, acabou o seu documentário experimental em Lisboa, sobre Nuno Bernardino, um DJ que usa discos de vinil, e continua a praticar semanalmente Klein e Alexander Techniques. Actualmente, está a receber um apoio à dramaturgia, por parte de Self-Mistake, que lhe permite realizar pesquisa para a sua nova peça com a colaboração da curadora e escritora, Maša Tomšič.

 

Maša Tomšič - Dramaturgia e acompanhamento artistico

(1986, Eslovénia) é investigadora residente em Lisboa, formada em psicologia  (Universidade de Ljubljana), neurociências (Universidade de Lisboa) e fotografia (Ar.Co), com  formação em curadoria. O seu trabalho oscila entre a ciência e a arte, tendo como interesse central  a vertente sensorial da estética - as condições e consequências do envolvimento corporal, e como  estas se tornam constitutivas da produção do conhecimento, ao mesmo tempo que se relacionam  com o domínio social. Está actualmente a realizar um projecto de doutoramento no programa  interdisciplinar em Filosofia da Ciência, Tecnologia, Arte e Sociedade (Centro de Filosofia das  Ciências da Universidade de Lisboa), com o tema do sentido do tacto e a sua dimensão relacional,  nomeadamente, o seu papel na intersubjetividade e na experiência estética.